Arturo Reghini seria uma importante influência sobre Evola, e ele própria era um
representante da assim chamada Escola Italiana (Scuola Italica), uma ordem
secreta que afirmava ter sobrevivido à queda do Império Romano, ter reemergido
com o Imperador Frederico II, e ter inspirado os poetas florentinos dos séculos
XIII e XIV, até Petrarca. Como Evola, Reghini também havia escrito artigos, um
dos quais se chamava Imperialismo Pagão. Este apareceu em
Salamandra em 1914, e nele Reghini resumiu seu programa anti-católico
para um retorno a um glorioso passado pagão. Essa obra teve um impacto profundo
sobre Evola, e serviu como inspiração para sua similarmente entitulada obra
Imperialismo Pagano. Imperialismo Pagano, relatando os efeitos
negativos do Cristianismo sobre o mundo, apareceu em 1928. No contexto dessa
obra, Evola é o defensor de um imperialismo pagão anti-católico. Segundo Evola,
o Cristianismo havia destruído a universalidade imperial do Império Romano pela
insistência na separação entre secular e espiritual. É dessa separação que
emergiu a decadência inata e interna do mundo moderno. A partir da oposição
implacável do Cristianismo ao sadio paganismo do mundo mediterrâneo emergiu o
secularismo, a democracia, o materialismo, o cientificismo, o socialismo, e o
"bolchevismo sutil" que sinalizou a era final do atual ciclo cósmico: a era da
"escuridão" da Kali Yuga. Imperialismo Pagano seria posteriormente
revisado em uma edição alemã como Heidnischer Imperialismus. As mudanças
que ocorreram no texto de Evola em sua tradução cinco anos depois não foram
completamente desprovidas de consequência. Ainda que os conceitos fundamentais
que compunham a substância do pensamento de Evola permanecesse similar, um certo
número de elementos críticos foram alterados que transformariam um ponto central
no pensamento de Evola. A "tradição mediterrânea" do texto anterior é
consistentemente substituída pela "tradição nórdico-solar" nessa tradução. Fonte: Legio Victrix
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